Cirurgia da tireoide: indicações, como é feita, quais os tipos e pós-operatório

A tireoide é uma glândula em forma de borboleta que fica localizada no pescoço, em volta da traqueia, logo abaixo do “pomo de adão”. Os hormônios produzidos por ela, Triiodotironina (T3) e Tiroxina (T4), regulam as funções de órgãos como coração, cérebro, fígado e rins.

A cirurgia de tireoide, também conhecida como “tireoidectomia”, é uma opção de tratamento para problemas como: nódulos, cistos, aumento exagerado da glândula e câncer.

No texto abaixo, conheça suas indicações, como o procedimento é feito, quais os tipos e como é seu pós-operatório.

Indicações

A recomendação para a realização da cirurgia de tireoide deve ser feita pelo médico que avaliará o caso de cada paciente. Em geral, as principais doenças que necessitam desse procedimento são:

  • Suspeita de câncer da tireoide (lesão maligna na glândula);
  • Bócio com sintomas de compressão (aumento benigno da glândula);
  • Bócio mergulhante (aumento da glândula que ultrapassa limites do pescoço);
  • Hipertireoidismo refratário (excesso de produção dos hormônios da tireoide).

Como é o procedimento?

O procedimento de retirada da tireoide pode ser parcial ou total, em geral dura 2 horas, e é feito sob anestesia geral. Por meio de uma incisão na região do pescoço, o médico alcança a glândula e a retira.

Em geral, os médicos indicam um jejum de 8 horas antes da cirurgia e a interrupção, 10 dias antes, do consumo de determinados medicamentos que possam aumentar o risco de sangramento e prejudicar a cicatrização.

Tipos de cirurgia

Existem diferentes tipos de cirurgia de tireoide classificadas de acordo com a quantidade da glândula que é retirada. São eles:

  • Tireoidectomia total: remoção completa da tireoide, havendo a necessidade de reposição hormonal obrigatória.
  • Lobectomia ou Hemitireoidectomia: remoção de apenas um lado da glândula e do istmo, parte que une os dois lados, mantendo metade da tireoide funcionando normalmente. É necessária avaliação para reposição hormonal.
  • Esvaziamento cervical: Em determinados casos, além de remover a tireoide, pode ser necessário retirar os linfonodos próximos à tireoide e na cervical, quando estes encontram-se afetados ou para evitar que isso aconteça.

Pós-operatório

A internação para a cirurgia, em geral, dura 1 ou 2 dias, sendo possível ter alta 24 horas depois do procedimento. É recomendado não fazer nenhum esforço físico na primeira semana, e, no primeiro mês, o paciente já está completamente recuperado. A recuperação cirúrgica é rápida e sem complicações na maioria dos casos.

Fora isso, existem algumas observações a serem feitas sobre o pós-operatório:

  • A reposição hormonal pode ser ou não obrigatória de acordo com o tipo de cirurgia feita;
  • Em alguns casos, o paciente pode precisar fazer a reposição de cálcio e vitamina D. Os níveis de cálcio podem sofrer queda por possíveis lesões nas paratireoides, pequenas glândulas responsáveis pelo controle da substância no sangue. Em geral, é um fenômeno passageiro.

Sobre o Dr. Pedro Tolentino

O Dr. Pedro Tolentino é graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina de Barbacena (FAME-FUNJOB) e possui residência médica em Cirurgia Geral pelo Hospital Governador Israel Pinheiro, do Instituto dos Prestadores de Serviço do Estado de Minas Gerais, (HGIP-IPSEMG) e em Cirurgia de Cabeça e Pescoço pelo Instituto Mário Penna/Luxemburgo.

É certificado em Cirurgia Robótica, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço e cirurgião especialista em tireoide.

Realiza atendimentos nos hospitais DF Star, Brasília, Brasília Unidade Águas Claras, Santa Lúcia – Norte e Sul e na clínica Nefrostar.

Agende a sua consulta em Brasília ou teleconsulta: (61) 99651-0151

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